O Pedido de Casamento

(A visão dele)

Estávamos no shopping em um domingo e falei para a Carol que queria que ela experimentasse um anel para eu saber o “número” do dedo dela... Entramos em uma loja de alianças, escolhemos um modelo, provamos (o número do anel dela é 12, o meu, 22) e fomos embora. Na semana seguinte voltei na mesma loja, sozinho, e comprei as alianças, no dia 05/12/2010. A ideia de pedir a Carol em casamento já estava bem madura, mas não tinha pressa. Eu sabia que mais cedo ou mais tarde o namoro ia evoluir naturalmente para uma coisa mais séria.

Nessa época de dezembro, com a definição das escalas de fim de ano, planejamos a viagem de Ano Novo: Aracaju.

Ele- “Melão, tô pensando em pedir a Carol em casamento lá em Aracaju”

Melão- “Pô xará que legal, vai fundo!”

Ele- “Já comprei as alianças, se rolar um clima favorável vou arriscar”

Eu não queria me precipitar porque fazia pouco tempo que o meu sogro tinha nos deixado. Precisava sentir como estaria a cabeça da Carol para pensar em casamento. De qualquer maneira, cinco dias no Nordeste serviriam para renovam o astral.

Hotel reservado, passagens compradas, restaurante para a ceia de Réveillon, passeios, estava tudo em ordem. A ansiedade para chegar a viagem era grande, mas tinha que tomar cuidado para não dar bandeira e estragar a surpresa.

Aproveitamos muito desde o primeiro dia: praias lindas, pessoas simpáticas, momentos descontraídos e, claro, muito romance. No dia 31 de dezembro, quando nos arrumávamos para a virada do ano, decidi levar as alianças comigo.

O restaurante era bem legal e o atendimento, excelente. A comida estava deliciosa: só a mesa de entrada, com frios e camarões já valia o preço da ceia. O prato principal e a sobremesa também não decepcionaram. Na hora da virada, fomos para o deck externo, acompanhados da garrafa de champagne que fazia parte do pacote...

“Dez, nove, oito, sete, seis, cinco, quatro, três, dois, um: Feliz Ano Novo!!!”

Ele- “Você já fez o seu pedido de Ano Novo? Tem que fazer pra dar sorte”

Ela- “Já fiz, mas não posso contar. E você?”

Ele- “Meu pedido só vai dar certo se eu contar: Você quer casar comigo?”

Ela- Quero!

(A visão dela)

O Thi já havia me dito algumas vezes que queria ficar comigo a vida toda, perguntou se eu aceitava casar com ele e já tínhamos até experimentado alianças de noivado uns meses atrás. Mas daquela vez foi uma surpresa e percebi que o negócio era pra valer... Eu nem desconfiava de nada, apesar da ansiedade dele. Parecia que a ficha não tinha caído de que eu tinha sido pedida em casamento oficialmente.

Uma virada de ano inesquecível. No dia seguinte, 1º de janeiro de 2011, liguei para minha mãe e contei a novidade. “Noiva? Já, meu DEUS??”, disse ela. Percebi que assustou logo de cara porque, afinal, sabia que a hora da filhinha sair de casa estava chegando mais perto...

Depois de um ano conturbado e triste pela morte de meu pai, renovar as energias junto ao Thi em Aracaju era tudo que eu precisava.  Mas o fato de ter ficado noiva me deu uma motivação maior para seguir em frente, encarar os problemas e pensar em coisas boas, planos para o futuro... Na época parecia cedo demais pensar em casamento, apesar de dois anos de namoro. Mas depois percebi que o momento não podia ter sido mais romântico e propício para o pedido. E a resposta também não poderia ter sido diferente pelo simples fato dele ser o homem da minha vida.